quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Magnífico - M. S. Fayes

Livro: Magnífico
Autora: M. S. Fayes
Editora: Independente
Casal: Lana e John


Sinopse: Quando Lana Conner precisou recorrer à ajuda de suas amigas, Kate e Fay, ela mal poderia imaginar que sua vida estivesse à beira de uma reviravolta. Abandonada pelo namorado, grávida e sem perspectiva de trabalho, ela volta a morar com sua mãe no interior, até que uma situação exige que ela saia de seu casulo e retorne a Boston. John Reynolds é um renomado juiz, senhor do destino na vida de muitas pessoas, de repente se vê sem o controle de sua vida quando uma amizade inesperada surge entre ele e Lana. John se fechou para o amor, assim como Lana foge do mesmo sentimento. Mas bastou apenas um olhar para que soubessem que algo poderia mudar em suas vidas. Será que estão prontos para enfrentar as dificuldades do dia a dia? O que o futuro poderia reservar a estes dois para que se permitam a chance de um novo começo?


Impressão do Leitor


Preciso dizer que a sensação foi muito contraditória quando acabei de ler esse livro... Mas vocês devem estar se perguntando o porquê... Pois bem, vou explicar. Esse livro representa o fim de uma trilogia que, com toda certeza, transformou-se em mais um xodó na minha curta vida de leitora. Uma trilogia que começou arrebatando absolutamente o meu coração com Kate e Gabe, depois me deixou mais irremediável e irresistivelmente apaixonada por Fay e Alex, encerrou-se de forma MAGNÍFICA e extremamente romântica com Lana e John.
M.S. Fayes entrou para o seleto rol de autoras que amo e admiro no meu elenco nacional e internacional, tem lugar cativo na minha preferência literária. É aquela autora que se me der para ler uma lista de compras escrita por ela, lerei com o sorriso no rosto.
Mas enfim, o que dizer e como começar a resenha desse livro que me conquistou de uma forma tão arrebatadora, como foi a conexão imediata desse casal lindo, romântico, mas ao mesmo tempo, que exalava uma aura de desejo intenso? Na narrativa da autora, ela conseguiu equilibrar de forma magnânima a docilidade e romantismo desse casal, com o desejo puro, simples e primal.
Preciso dizer a vocês que em cada livro um elo do casal me despertou maior interesse. Em absoluto, foi o Gabe; em Irresistível, a Fay, mas em Magnífico, o equilíbrio foi grande, embora eu precise confessar meu amor puro e verdadeiro pelo John. Sua conduta ilibada e ao mesmo tempo seu lado protetor tão primal, foi o que me conquistou de forma avassaladora.
Lana é uma jovem dona de uma beleza angelical. Ela largou tudo para seguir um homem que só trouxe desgosto para sua vida, deixando-a em um momento que mais precisava de apoio, grávida e sem ter nenhuma perspectiva de futuro. Ela tinha um apoio incondicional de suas amigas, Kate e Fay, mas preferiu voltar para sua cidade de origem e sentir a familiaridade do cuidado de sua mãe e seu melhor amigo (que, claro, queria ser mais que isso). Levava uma vida pacata, curtindo cada momento de sua gestação de uma forma tão sublime. Mas o destino provocou uma reviravolta em sua vida, forçando-a a sair dessa zona de conforto, aguçando seu instinto protetor. Precisou defender o que lhe era mais caro, seu bebê. E foi por isso que retornou para onde tudo havia começado, e recorreu à ajuda de suas grandes amigas. Lana sempre teve uma docilidade e romantismo intrínsecos, e isso nem sempre foi positivo em sua vida, já que essa sua característica levou a tomar decisões com seu coração, sem analisar as consequências. Só que o destino acaba por colocar John em seu caminho...
John era um homem maduro, extremamente lindo e imponente, sem transparecer arrogância. Estava passando por um divórcio conturbado. Juiz de direito e renomado em sua carreira, era austero e de uma conduta ilibada, o que trouxe muito respeito da comunidade jurídica. Viveu em função de um casamento que não havia amor, era mais uma fachada, quase imposta pelas famílias. Sua ex-esposa era uma mulher ambiciosa e fútil. Diria que John libertou-se de uma armadilha ainda em tempo de ser feliz; permitiu-se viver um pouco mais, embora ainda mantivesse aquela postura dos tribunais em sua vida pessoal. John resolveu que ia aprender com as escolhas erradas e não repetir no futuro. Foi então que o destino providenciou um lindo encontro quando viu Lana pela primeira vez...
Preciso dizer que esse momento para mim teve uma aura toda especial! Se eu fosse estudiosa desses assuntos astrológicos, com certeza minha referência seria a algo desse nível, um alinhamento dos astros providenciando a magia do encontro, a conexão apenas com o olhar, o sentimento incipiente apenas com o deslumbramento gerado por um momento idílico. Vocês estão percebendo como estou romântica? Pois bem, culpa de John. Perceber o encantamento que Lana gerou nele apenas por expressar-se de maneira angelical em um cenário perfeitamente construído para proporcionar isso! Foi um lindo momento capaz de desencadear uma forte carga emocional, digna de romances antigos, mas sem ser piegas (muitos suspiros para o John).

- O que você faz aqui sozinha? (John)
- Pensando na vida... (Lana)
- O mar pode ser indomável, ameaçador, calmo e plácido. Uma força da natureza incomparável. Já o horizonte nunca muda. Ele sempre vai estar lá, fazendo sua união com o mar, em que estado este estiver...

O encantamento dele foi tão imediato tendo a figura de Lana impregnada e marcada em seus pensamentos. Despertou a necessidade de estar perto, de proteger, de defender, de amar. O que achei magnífico foi o fato deste encantamento surgir ainda na condição em que Lana se encontrava; a capacidade de resiliência de John, a capacidade de transcender a questões impostas e aceitas socialmente, fez com que ele se tornasse o meu preferido nessa trilogia. John não conquistou somente o coração de Lana, mas também o meu.

Não pude mais me conter. Mas não vou pedir desculpas. Espero que você perceba o que faz comigo e que não há mulher alguma que tenha mexido tanto com meu autocontrole quanto você. Não há nenhuma mulher que possa se comparar a você, Lana. Você emite uma luz radiante que aquece todos à sua volta. Você é linda por dentro e por fora. (John).

Lana, até tentou utilizar os hormônios da gestação como desculpa pelo desejo arrebatador que sentiu por John, mas não tinha argumentos plausíveis para explicar essa conexão. Os pensamentos dela tinham um só destino – John, que passou a dividir espaço no coração de Lana até mesmo com o seu bebê, por quem já nutria um amor incondicional. O que chamou minha atenção, foi que Lana conseguia comunicar-se com John, de maneira simples, sem reservas e formalidades, o que permitiu-lhe acessar pontos antes inalcançados no coração dele, despertando nele, sentimentos nunca antes experenciados.
Essa conexão instantânea trouxe momentos confusos a ambos, que tentavam compreender esse sentimento arrebatador de forma mais racional, mas com inúmeros fracassos, pois foi algo inexplicavelmente transcendental, cósmico. A partir do momento que pararam de lutar contra e desistem de tentar compreender e justificar o que sentiam, permitindo-se somente sentir, começaram a construir um lindo romance. Mas como nem tudo são flores e o destino gosta de pregar peças, esse amor será testado. Sabe quando o passado vem colocar a prova seus sentimentos? Aqui acontece também, mas sem ser mais do mesmo, pelo contrário, foi de uma maneira tão original que me vi em muitos momentos, comemorando as vitórias do casal, quase fazendo uma vexaminosa dancinha da vitória.
Percebemos ao longo da trama esse lado primal de John vindo a tona, quando não mede esforços, seja físico ou mental, para proteger Lana de qualquer situação conflituosa e aversiva. Vemos aflorar o lado paternal de John, onde, ao mesmo tempo o encanta e o assusta, sendo mais uma provação ao amor do casal. Vemos um lado possessivo e inseguro dele, mas que logo Lana trata de conter...

Eu acabei sentindo uma conexão com você que me obrigava a estar ali para protegê-la... (John).
Eu estava louco para tocar em você, faze-la minha, me apoderar dos seus sentimentos, de seus olhares, de seu corpo... (John).

Já Lana, apesar da docilidade e romantismo como parte mais marcante de seu repertório comportamental, percebemos muito claramente o amadurecimento da personagem no desenrolar do enredo. A impressão que tive dela é que, ao contrário da Fay, Lana aparentava uma fragilidade, mas no fundo escondia uma força e determinação, que talvez ela própria não houvesse se dado conta, mas que as contingências exigiram essa manifestação. E ela fez com tamanha propriedade surpreendendo a todos (menos a John, que sempre a reconheceu como determinada). Apesar desse quê de insegurança, ela nos mostra uma aura de confiança que também nos conquista e nos faz torcer absurdamente por esse casal.

Acho que nossos destinos estavam traçados desde antes, meu anjo. Somos como uma trilogia de casos perdidos de amor arrasador. Não há sequer qualquer explicação lógica para que nós seis estivéssemos navegando no mesmo barco, em tão pouco tempo. (John).

Enfim, esse livro é um dos meus preferidos da Trilogia da Lei, por me permitir suspirar, vibrar, desejar, de forma intensa e ao mesmo tempo equilibrada tudo aquilo vivenciado por esse casal MAGNÍFICO. Foi um livro que me fez compreender o significado de um amor transcendental, magnético, altruísta, puro e ao mesmo tempo cheio de desejo carnal. M. S. Fayes, muito obrigada por me apresentar o amor Absoluto, Irresistível e Magnífico. Obrigada por me ensinar formas tão diferentes, puras e intensas de amar. Obrigada por fazer com que eu me inspirasse a cada página, a cada capítulo, a cada livro. Obrigada por reforçar e refazer os meus votos de amor pela Literatura Nacional. Obrigada por nos presentear com o Sr. Absoluto, Sr. Irresistível e Sr. Magnífico.

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