Livro: Magnífico
Autora: M. S. Fayes
Editora: Independente
Casal: Lana e John
Sinopse: Quando Lana Conner precisou recorrer à ajuda de suas amigas, Kate e Fay,
ela mal poderia imaginar que sua vida estivesse à beira de uma reviravolta.
Abandonada pelo namorado, grávida e sem perspectiva de trabalho, ela volta a
morar com sua mãe no interior, até que uma situação exige que ela saia de seu
casulo e retorne a Boston. John Reynolds é um renomado juiz, senhor do destino
na vida de muitas pessoas, de repente se vê sem o controle de sua vida quando
uma amizade inesperada surge entre ele e Lana. John se fechou para o amor,
assim como Lana foge do mesmo sentimento. Mas bastou apenas um olhar para que
soubessem que algo poderia mudar em suas vidas. Será que estão prontos para
enfrentar as dificuldades do dia a dia? O que o futuro poderia reservar a estes
dois para que se permitam a chance de um novo começo?
Impressão do Leitor
Preciso dizer que a sensação foi muito
contraditória quando acabei de ler esse livro... Mas vocês devem estar se
perguntando o porquê... Pois bem, vou explicar. Esse livro representa o fim de
uma trilogia que, com toda certeza, transformou-se em mais um xodó na minha
curta vida de leitora. Uma trilogia que começou arrebatando absolutamente o meu
coração com Kate e Gabe, depois me deixou mais irremediável e irresistivelmente
apaixonada por Fay e Alex, encerrou-se de forma MAGNÍFICA e extremamente romântica
com Lana e John.
M.S. Fayes entrou para o seleto rol de
autoras que amo e admiro no meu elenco nacional e internacional, tem lugar
cativo na minha preferência literária. É aquela autora que se me der para ler
uma lista de compras escrita por ela, lerei com o sorriso no rosto.
Mas enfim, o que dizer e como começar a
resenha desse livro que me conquistou de uma forma tão arrebatadora, como foi a
conexão imediata desse casal lindo, romântico, mas ao mesmo tempo, que exalava
uma aura de desejo intenso? Na narrativa da autora, ela conseguiu equilibrar de
forma magnânima a docilidade e romantismo desse casal, com o desejo puro,
simples e primal.
Preciso dizer a vocês que em cada livro um
elo do casal me despertou maior interesse. Em absoluto, foi o Gabe; em
Irresistível, a Fay, mas em Magnífico, o equilíbrio foi grande, embora eu
precise confessar meu amor puro e verdadeiro pelo John. Sua conduta ilibada e ao
mesmo tempo seu lado protetor tão primal, foi o que me conquistou de forma
avassaladora.
Lana é uma jovem dona de uma beleza
angelical. Ela largou tudo para seguir um homem que só trouxe desgosto para sua
vida, deixando-a em um momento que mais precisava de apoio, grávida e sem ter
nenhuma perspectiva de futuro. Ela tinha um apoio incondicional de suas amigas,
Kate e Fay, mas preferiu voltar para sua cidade de origem e sentir a
familiaridade do cuidado de sua mãe e seu melhor amigo (que, claro, queria ser
mais que isso). Levava uma vida pacata, curtindo cada momento de sua gestação de
uma forma tão sublime. Mas o destino provocou uma reviravolta em sua vida, forçando-a
a sair dessa zona de conforto, aguçando seu instinto protetor. Precisou
defender o que lhe era mais caro, seu bebê. E foi por isso que retornou para
onde tudo havia começado, e recorreu à ajuda de suas grandes amigas. Lana
sempre teve uma docilidade e romantismo intrínsecos, e isso nem sempre foi
positivo em sua vida, já que essa sua característica levou a tomar decisões com
seu coração, sem analisar as consequências. Só que o destino acaba por colocar
John em seu caminho...
John era um homem maduro, extremamente lindo
e imponente, sem transparecer arrogância. Estava passando por um divórcio
conturbado. Juiz de direito e renomado em sua carreira, era austero e de uma
conduta ilibada, o que trouxe muito respeito da comunidade jurídica. Viveu em
função de um casamento que não havia amor, era mais uma fachada, quase imposta
pelas famílias. Sua ex-esposa era uma mulher ambiciosa e fútil. Diria que John
libertou-se de uma armadilha ainda em tempo de ser feliz; permitiu-se viver um
pouco mais, embora ainda mantivesse aquela postura dos tribunais em sua vida
pessoal. John resolveu que ia aprender com as escolhas erradas e não repetir no
futuro. Foi então que o destino providenciou um lindo encontro quando viu Lana
pela primeira vez...
Preciso dizer que esse momento para mim teve
uma aura toda especial! Se eu fosse estudiosa desses assuntos astrológicos, com
certeza minha referência seria a algo desse nível, um alinhamento dos astros
providenciando a magia do encontro, a conexão apenas com o olhar, o sentimento
incipiente apenas com o deslumbramento gerado por um momento idílico. Vocês
estão percebendo como estou romântica? Pois bem, culpa de John. Perceber o
encantamento que Lana gerou nele apenas por expressar-se de maneira angelical
em um cenário perfeitamente construído para proporcionar isso! Foi um lindo
momento capaz de desencadear uma forte carga emocional, digna de romances
antigos, mas sem ser piegas (muitos suspiros para o John).
- O
que você faz aqui sozinha? (John)
-
Pensando na vida... (Lana)
- O
mar pode ser indomável, ameaçador, calmo e plácido. Uma força da natureza
incomparável. Já o horizonte nunca muda. Ele sempre vai estar lá, fazendo sua
união com o mar, em que estado este estiver...
O encantamento dele foi tão imediato tendo a
figura de Lana impregnada e marcada em seus pensamentos. Despertou a
necessidade de estar perto, de proteger, de defender, de amar. O que achei
magnífico foi o fato deste encantamento surgir ainda na condição em que Lana se
encontrava; a capacidade de resiliência de John, a capacidade de transcender a
questões impostas e aceitas socialmente, fez com que ele se tornasse o meu
preferido nessa trilogia. John não conquistou somente o coração de Lana, mas
também o meu.
Não
pude mais me conter. Mas não vou pedir desculpas. Espero que você perceba o que
faz comigo e que não há mulher alguma que tenha mexido tanto com meu
autocontrole quanto você. Não há nenhuma mulher que possa se comparar a você,
Lana. Você emite uma luz radiante que aquece todos à sua volta. Você é linda
por dentro e por fora. (John).
Lana, até tentou utilizar os hormônios da
gestação como desculpa pelo desejo arrebatador que sentiu por John, mas não
tinha argumentos plausíveis para explicar essa conexão. Os pensamentos dela
tinham um só destino – John, que passou a dividir espaço no coração de Lana até
mesmo com o seu bebê, por quem já nutria um amor incondicional. O que chamou
minha atenção, foi que Lana conseguia comunicar-se com John, de maneira
simples, sem reservas e formalidades, o que permitiu-lhe acessar pontos antes
inalcançados no coração dele, despertando nele, sentimentos nunca antes
experenciados.
Essa conexão instantânea trouxe momentos
confusos a ambos, que tentavam compreender esse sentimento arrebatador de forma
mais racional, mas com inúmeros fracassos, pois foi algo inexplicavelmente
transcendental, cósmico. A partir do momento que pararam de lutar contra e desistem
de tentar compreender e justificar o que sentiam, permitindo-se somente sentir,
começaram a construir um lindo romance. Mas como nem tudo são flores e o
destino gosta de pregar peças, esse amor será testado. Sabe quando o passado
vem colocar a prova seus sentimentos? Aqui acontece também, mas sem ser mais do
mesmo, pelo contrário, foi de uma maneira tão original que me vi em muitos
momentos, comemorando as vitórias do casal, quase fazendo uma vexaminosa
dancinha da vitória.
Percebemos ao longo da trama esse lado primal
de John vindo a tona, quando não mede esforços, seja físico ou mental, para
proteger Lana de qualquer situação conflituosa e aversiva. Vemos aflorar o lado
paternal de John, onde, ao mesmo tempo o encanta e o assusta, sendo mais uma
provação ao amor do casal. Vemos um lado possessivo e inseguro dele, mas que
logo Lana trata de conter...
Eu acabei sentindo uma conexão com você que me obrigava a estar ali
para protegê-la... (John).
Eu estava louco para tocar em você, faze-la minha, me apoderar dos
seus sentimentos, de seus olhares, de seu corpo... (John).
Já Lana, apesar da docilidade e romantismo
como parte mais marcante de seu repertório comportamental, percebemos muito
claramente o amadurecimento da personagem no desenrolar do enredo. A impressão
que tive dela é que, ao contrário da Fay, Lana aparentava uma fragilidade, mas
no fundo escondia uma força e determinação, que talvez ela própria não houvesse
se dado conta, mas que as contingências exigiram essa manifestação. E ela fez
com tamanha propriedade surpreendendo a todos (menos a John, que sempre a
reconheceu como determinada). Apesar desse quê de insegurança, ela nos mostra
uma aura de confiança que também nos conquista e nos faz torcer absurdamente
por esse casal.
Acho que nossos destinos estavam traçados desde antes, meu anjo. Somos
como uma trilogia de casos perdidos de amor arrasador. Não há sequer qualquer
explicação lógica para que nós seis estivéssemos navegando no mesmo barco, em
tão pouco tempo. (John).
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