quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Loucas e Loucos por livros

Bom dia!!! Passei rapidinho nesta quarta-feira de cinzas para divulgar um grupo que sigo lá no facebook. É um grupo de Loucas e Loucos por Livros, é um espaço onde se compartilha de uma paixão pela leitura, com respeito e sem preconceitos. Ainda tem nossos queridos autores nacionais que são um tempero bem bacana do grupo. Trocamos experiências, informações, além de algumas atividades bem legais, onde os participantes podem entrevistar alguns autores que se colocam a nossa disposição por algum tempo!! Vale a pena conferir, as administradoras do grupo são bem legais.


https://www.facebook.com/groups/loucasporlivros/

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sempre foi Você - Carrie Elks

Livro: Sempre foi Você
Autora: Carrie Elks
Editora: Universo dos Livros
Casal: Hanna e Richard
Palavras que definem: amizade, amor, decepção, autoconhecimento, amadurecimento, perdas, família, encontros, desencontros.
Sinopse: Richard, nós tivemos um bebê.
Londres, 31 de dezembro de 1999. Aos 17 anos, a britânica Hanna Vincent conhece o americano Richard Larsen: um estudante rico, encantador e sedutor que vai virar seu mundo de ponta-cabeça. Um relacionamento entre eles é improvável, já que vivem em mundos completamente diferentes. Mas aos poucos uma grande amizade vai surgindo e leva os dois a uma relação explosiva, cheia de paixão, amor e aventura.
Emocionante e comovente, Sempre Foi Você é uma genuína história de amor. Você daria uma segunda chance ao amor da sua vida?

Impressão do Leitor:

Este livro me surpreendeu. Nunca havia lido nada escrito pela Carrie Elks. De início interessei-me muito pela sinopse, fora a capa, que é linda. Adiei muito essa leitura (e confesso que me arrependo), já tinha este exemplar no meu Lev há muito tempo, mas outros foram passando a frente, por isso resolvi colocá-lo como minha meta para 2016. E fiquei muito feliz com a história que conheci.
O livro começa logo impactante, vai do presente para o passado, ao início de tudo, onde começamos a conhecer a história desse casal complexo. Enquanto lia, um outro título veio a minha mente, “Simplesmente Acontece”, uma história de encontros e desencontros, onde parece que nem sempre estamos no lugar certo, na hora certa; onde parece que é o casal certo, mas no momento errado! Foi isso que senti em “Sempre foi Você”.
Hanna e Richard se conheceram ainda no final da adolescência, e, embora uma nítida atração física tenha surgido nesse encontro, eles acabaram desenvolvendo uma bela amizade. Moravam em continentes diferentes, mas conseguiram construir essa amizade, com gosto de algo mais ao longo do tempo. Ambos envolveram-se com outras pessoas, mas sempre faltava algo, pois Sempre foi Você. Esses encontros e desencontros, perdas, entregas, desistências, depressões, separações, pânico, reconciliações, mentiras, confissões, autoconhecimento, aprendizado, amizade, amor incondicional, aconteceram ao longo de anos, onde as personagens viveram situações diversas, com as quais tiveram que aprender a lidar, superar e crescer, nem sempre da maneira mais simples e fácil.
Não vou aqui descrever as personagens como geralmente faço, pois são tantas características peculiares e ao mesmo tempo comuns que essa minha impressão ficaria muito extensa, por isso optei por apenas comentar o casal, de uma maneira mais geral e abrangente. Esse livro trouxe uma miríade de emoções a tona, na medida em que a história ia se complicando, se resolvendo, se complicando, se resolvendo; muitas lágrimas, sorrisos e coração acelerado depois, o saldo foi bem positivo.

Este livro me fez refletir sobre o tanto que devemos confiar em nós mesmos e nos nossos companheiros, pois somente, mediante a confiança e a entrega, é possível transpor obstáculos nada fáceis e nada comuns, mesmo que em muitos momentos aparente que o amor não é suficiente. Nesse título observamos a construção de uma amizade, sua transformação em um amor imaturo, a mudança para o amor sólido e de um amadurecimento forçado, mas que somente o amor verdadeiro pode superar, não importando as barreiras, o amor sempre vence!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Azar o Seu! - Carol Sabar

Livro: Azar o Seu!
Autora: Carol Sabar
Editora: Jangada
Casal: Ana Beatriz (Bia) e Gustavo (Guga)
Palavras que resumem: amor, amizade, traição, reconciliações, autoconhecimento, aprendizado, redescoberta...
Sinopse: “Bia está parada num engarrafamento no Rio de Janeiro, pensando em sua vida azarada. Sem emprego, atolada em dívidas, ela não imagina que está prestes a viver a grande coincidência da sua vida. O motorista do carro ao lado está buzinando, tentando se comunicar com ela, como se fosse um velho conhecido... E ele é! Mas Bia não o reconhece. E como poderia? Ele é um homem, não mais o garoto de dez anos atrás. Está mais encorpado, cortou o cabelo, livrou-se do aparelho nos dentes e das espinhas do rosto, está tão diferente, tão lindo... 
O motorista sai do carro, mas não tem tempo de se explicar, pois começa um violento tiroteio e eles têm que se jogar lado a lado no asfalto. Certa de que está prestes a morrer, Bia entra em desespero e se prepara para dizer suas últimas palavras, na esperança de que o suposto desconhecido deitado ao seu lado possa levar um recado a Guga, seu amor da adolescência, sem perceber que é ele próprio que está ali, ouvindo a inesperada declaração de amor! 
Os dois escapam juntos do tiroteio e, a partir daí, começam a se envolver, dia após dia... Guga, sem coragem de assumir sua verdadeira identidade. Bia, fascinada por ele e feliz consigo mesma por finalmente estar se apaixonando por alguém que não é Guga... 
Azar o seu! vai além de uma comédia romântica. É uma reflexão sobre a importância da amizade verdadeira, do perdão e do autoconhecimento, que nos resgata o poder de decidir sem medo e de reverter escolhas que nos impedem de ser feliz".

Impressão do Leitor
Primeiramente queria dizer: Olá Carol Sabar, eu sou a Paula, muito, muito prazer em ler um livro seu. Fiquei muito encantada com esse título. Confesso que o li por uma indicação de uma amiga e a capa acabou me cativando. Mas nos primeiros parágrafos já fui totalmente conquistada pela Bia e pela escrita da Carol. Já caí na gargalhada logo no início, na cena do cemitério, quando ela disse que, da margarida só tinha visto o caule. Sinceramente, não aguentei de tanto rir. Nesse momento tive certeza que esse livro seria marcante para mim (adoro comédias românticas).
Mas como na sinopse fica evidenciado, não é uma comédia pastelão, sem conteúdo, esse livro traz muitas mensagens, umas mais nítidas e outras mais veladas. Não importa...
Bia é uma jovem de 25 anos, com uma verdadeira paixão pela música, tem uma história familiar de perdas, embora o pai tenha suprido todas essas perdas, pelo menos aparentemente. Ela nutria um grande amor, reconhecimento e gratidão por tudo que o pai havia feito por ela. Ela abdicou de seus sonhos por não querer se tornar semelhante à sua mãe (quando lerem entenderão melhor). Na minha opinião era uma mulher linda, mas não se reconhecia como tal, um probleminha com sua autoestima. Ficava sempre sob controle das situações aversivas, por isso sentia-se azarada. E vamos combinar, ela passa por cada situação...Nunca deu “sorte” no amor, não sendo muito experiente. Tinha um amor adolescente, que antes de tudo era seu grande amigo, irmão de sua melhor amiga. Os três juntos se entendiam plenamente. Contudo, como tudo na vida, todo mundo enfrenta dificuldades, decepções... essa amizade ficou abalada. A relação com o Guga não foi adiante e, quando ele se mudou de país para seguir seus sonhos sem ao menos dar notícias, ela passou a nutrir uma mágoa por ele. Já com a Raíssa, um momento daqueles que dizemos o que queremos, e ouvimos o que não queremos, afastou-as por mais de 8 anos.
O outro elo deste casal, o Guga, me pareceu o inverso da Bia, mas um inverso que se completava. Enquanto tinha uma baixa autoestima, ele era autoconfiante (às vezes até demais), mesmo sofrendo com as agruras da puberdade e mudanças corporais. Sempre soltou indiretas para a Bia, que nunca se deu conta, que de alguma maneira, sua paixão adolescente era correspondida. Ele, ao longo do tempo, transformou-se em um lindo homem, e ainda mais autoconfiante. Eles tinham algo que os aproximava, mesmo sendo, aparentemente opostos, a paixão pela música.
Enquanto casal, viviam se desencontrando, mesmo com reencontros mais improváveis e com coincidências tão improváveis quanto. O que eu achei lindo nessa história foi que, mesmo com o passar do tempo, o amor adolescente não acabou. A forma como eles se reconhecem, mesmo que a Bia sinta-se traída e magoada pelas contingências as quais foram submetidos aos longo desse anos, ela entendia essa sintonia, construída também ao longo dos anos. Gustavo é exemplo de persistência, tanto na família quanto em sua relação com Bia. É protetor nas suas relações e se entrega, mesmo que, na minha opinião tenha se equivocado, em parte, no rumo que conduziu a relação com a Bia. Em parte, pois ele percebeu que não podia ser egoísta em pedir que ela abrisse mão de seus sonhos para ficar com ele, já que era muito jovem (assim como ele não quis abrir mão dos seus próprios). Porém, imagino que ele tenha se equivocado em manter-se tão distante, por tanto tempo, alimentando a mágoa que a Bia tinha dele.
Lindo foi o momento em que precisaram se dar conta de que haviam amadurecido, mesmo que a força, mesmo que as vivências adolescentes insistissem em ressurgir em suas mentes e atitudes. Lindo foi como eles passaram por um processo de autoconhecimento, precisando lidar com seus fantasmas e medos, precisando lidar com a rejeição. Lindo foi ver que mesmo longe, a amizade pode retornar com toda força, apenas com o perdão abnegado (pode parecer redundante, mas quis enfatizar isso). Linda era a relação de pai e filha, construída ao meio de uma perda. Lindo foi o reencontro, as reconciliações, o perdão, as segundas chances de felicidade, seja no amor adolescente, no amor maduro, no amor amigo.

A escrita da Carol é fluída, leve e divertida. Trata de temas como perdas, amadurecimento, autoconhecimento, reconciliação, perdão, entre outros, com uma suavidade ímpar, com uma pitada de muito, muito humor. Virei fã da Carol Sabar, vou me dedicar a conhecer ainda mais a obra desta autora. Mais uma na leva de grandes autoras brasileiras da nova geração que entrou para minha lista de favoritas. 

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Olha que coisa mais linda!! Aline Sant'Ana já está no Rio de Janeiro autografando os exemplares. O meu está aí nesse bloco!!! Ai que ansiedade para estar com meu exmplar de "7 Dias com Você" em minhas mãos!!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Deus do Rock - Gisele Souza

Livro: Deus do Rock
Autora: Gisele Souza
Editora: Independente
Casal: Apolo e Angela
Palavras que resumem: romance, mitologia, transcendental, incondicional
Sinopse: Para viver um grande amor, você se condenaria ao inferno? 
Com uma vida cercada de privilégios, riqueza e poder, Apolo, o filho prodígio de Zeus, é um homem determinado e acostumado a ter tudo que deseja. O poderoso deus do sol tornou-se também o deus do rock. Sua herança seria o trono do Olimpo e foi nisso que regeu sua vida, sempre à disposição, esperando, aprendendo, obedecendo. 
Contudo, o destino ainda o colocaria à prova, talvez a doce Angélica fosse apenas um teste de força, uma tentação que ele precisava resistir. Só que, ao ver os olhos daquela menina tímida, perdida nos bastidores do show business, ele já havia perdido a batalha.
Agora restava apenas vencer a guerra para viver seu grande amor. As garras afiadas das Moiras não lhe dariam trégua, um mal precisava ser feito para o bem vencer. Alianças serão travadas, amizades destruídas, a confiança será quebrada... Uma união de corpo e alma que acarretará num conflito entre deuses e mortais, um jogo de poder que poderá custar muito mais que a imortalidade. 

Impressão do Leitor

“Ela era minha luz perfeita, a luz que iluminou a escuridão que tinha em minha alma. Minha alma gêmea...” (Apolo)

Para amenizar e diminuir o nó na garganta após terminar esse livro, resolvi começar a falar sobre a linda e impactante capa. Chamou minha atenção e despertou meu interesse logo de cara, pois parece emanar uma energia magnética, que acende o desejo de ler esse título vorazmente.
Ao iniciar a leitura já fui impactada por um prólogo tão instigante e cheio de mistério que exalava uma aura de altruísmo, abnegação e sacrifício; um amor maternal em sua essência, tudo pela felicidade do ser amado. Na minha opinião é um trecho essencial ao desfecho do livro. Confesso que este prólogo revolvia em vários momentos em meu pensamento, aguardando ansiosamente o momento que tudo seria esclarecido.
A Gisele me conquistou com esse livro, logo quando percebi que envolvia o mundo da mitologia grega (usando de uma licença poética), associado a um lindo e distinto romance.
Esse livro nos traz o amor em várias nuances, o amor maternal, o amor fraterno, o amor transcendental, amor incondicional, amor benevolente, amor redentor, amor libertador.... Esse sentimento aparece tão bem descrito que nos absorve de um jeito tão único e intenso, que nos faz exalar uma felicidade intensa ao conhecer uma história regada pelo maior e melhor sentimento humano.
Apolo é um deus grego, que sofre de uma “depressão divina”, perdendo a vontade de lutar pelas coisas, muito em função da facilidade que tinha o que desejava e também a falta de perspectiva em função de sua vida inteira controlada pelos outros. Uma personagem intensa, cheia de marcas e sofrimentos causados especialmente pelo seu pai, o todo poderoso Zeus, deus de todos os deuses. Apolo não aceita sua condição de deus, sente-se profundamente incomodado com a atmosfera de veneração em torno dele e de outros deuses, embora nos tempos atuais, a descrença dos mortais diminui sua força transformando-os em seres mitológicos. Ele é conhecido na mitologia como o deus do Sol e das artes, mas nesse livro, passou a ser o deus do rock. Ele é um ser mais endurecido por tanto sofrimento psicológico ao qual foi submetido. Mesmo envolto a essa aura de onipotência e arrogância, ele é intenso no amor e na justiça. Renega o poder por querer experimentar a intensidade e profundidade dos sentimentos e emoções humanas, sem amarras.
Angélica é, assim como Apolo, uma pessoa que cresceu em um ambiente aversivo, com muitos traumas psicológicos. Mas ao contrário do que possamos imaginar, ela não se fragilizou pelo sofrimento, fortaleceu-se, obrigando-se a um amadurecimento precoce. É fiel e leal a aqueles que ama, outra característica que a define e a torna uma mulher encantadora, contudo sem denotar uma fragilidade. Uma mocinha espirituosa, protetora e desenvolveu um lado um tanto quanto possessivo em relação ao Apolo, devido ter sido arrebatada por profundos e intensos sentimentos (na medida certa). Dotada de muita garra e vontade de viver, condição muito admirada por Apolo:

“O que eu sempre admirei naquela mulher era a sua garra e vontade de viver a cada segundo de sua vida, em comparação com a dos deuses”.

Outra passagem do Apolo, resume tão bem vários aspectos da personalidade da Angélica:

“personalidade fácil e sincera, cativava qualquer um que a conhecesse, não se pode fugir. E a fidelidade com a sua família era simplesmente encantadora”.

O casal é, sem dúvida, um dos meus favoritos de todos os títulos que já li. São de uma cumplicidade tamanha, que me levou as lágrimas em tantos momentos. Eles se veneram, se amam, se idolatram, se protegem, se rendem, se libertam, pura e exclusivamente pela entrega através do amor. É um amor confiante e destemido, é um amor de conjunção de almas, que vai além do amor carnal. É um amor destinado:

“De alguma forma eu sabia que isso era para acontecer. Como uma profecia, não se pode fugir dela” (Apolo).
“Acho que eu fui criada especialmente para você. Vivi minha vida para estar aqui. Sou sua, pode me levar” (Angélica).

Essas duas passagens resumem a confiança, a entrega, o amor incondicional que um tem pelo outro.
A veneração que um tem pelo outro é incrível, ele a amava e venerava a distância e em silêncio, por tanto tempo, o que só aumentava sua ansiedade (e a minha”) para o momento do encontro de almas. Ela foi fisgada por ele assim que o viu pela primeira vez, passando também a venerá-lo, embora a assustasse por fazer ressurgir fantasmas do passado. O amor os resgatou. O amor despertou a esperança; esperança de um futuro que permitisse viver um amor arrebatador, altruísta e abnegado, trazendo a luz para suas vidas. A veneração descrita pela Gisele, embora com uma magnitude intensa, não tornou-se algo piegas e possessivo, mas sim libertador.
Contudo esse amor enfrentou dificuldade e grandes obstáculos que só serviu para fortalece-los. Com todo o impedimento e proibição que a relação enfrentou, o amor cresceu como um sentimento “sublime e inexplicável”.

“Eu não sei a quem eu agradeço por você existir” (Apolo)

Outra relação que me comoveu foi o amor fraterno entre Apolo e Hércules, mesmo que evidenciado de uma maneira peculiar, dotado de humor sarcástico, mas demonstrando um laço fraterno indestrutível pelas agruras sofridas e pelo tempo, que só os fortaleceu. Este último é um capítulo à parte nesta história. Assim como as outras personagens, tem uma história de sofrimento intensa, capaz de destruir um indivíduo, mas ele foi capaz de superar, embora tenha resquícios desse sofrimento em suas atitudes e emoções. Sua marca é o humor ácido. É dono de uma aura essencialmente protetora e forte, desdenhoso e destemido. Apesar de ter um lado intimidador para aqueles que não o conhecem, é na verdade um homem com ar de menino travesso nas relações com aqueles que ama.
A relação entre os irmãos também envolvia uma abnegação, um protecionismo lindo de ver. Eles se entendiam sem necessidade de palavras, com uma conexão construída através do sofrimento, do desejo de liberdade, sobretudo pelo amor. Amor este tão comovente, regado a gratidão, respeito, admiração, proteção. O amor de Hércules por Apolo estendeu-se a Angie, por perceber o amor e a entrega que ela tinha por seu irmão. Mas devo destacar o humor, sempre presente nessa relação.

“Ele colocou a mãe em meu ombro transmitindo o conforto e o entendimento que ele precisava (Apolo sobre Hércules).

            Sei que esse texto está longo, mas não posso deixar de mencionar a playlist do livro. Sensacional. Quero dar destaque para a composição da autora, a música Underwold (Submundo) que dá nome a banda do deus do Rock, linda!!
Este livro trouxe uma miríade de emoções que transbordavam, muitas vezes em lágrimas selando a angústia e a raiva sempre que os obstáculos surgiam para o amor desse casal; sentimentos tão incapacitantes acompanhados de uma sensação de impotência tão grande que não sabia como lidar e absorver. Sintomas de ansiedade despertados, especialmente com coração acelerado com a possibilidade iminente e precoce da finitude desse amor transcendental. Em outros momentos um nó na garganta se formava ao ver tamanha cumplicidade e entrega de Apolo e Angélica, através de um lindo amor construído através do tempo. Confesso que derramei lágrimas e mais lágrimas ao sentir o amor que eles construíram um pelo outro.
            Este livro nos ensina que o amor prospera, o amor salva, o amor é benevolente. É uma história que demonstra a plenitude do amor. Deixa uma mensagem linda sobre sentimentos, em especial o amor e a esperança.


“Há um sentimento que nasce em cada um de nós na primeira respiração ao entrar para esse mundo: a esperança. Temos que cultivar esse sentimento, pois sem ele não somos nada mais que seres vazios sem expectativa para o futuro” (Apolo).

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Pecaminoso

Livro: Pecaminoso
Autora: Gisele Souza
Editora: Charme
Casal: Isabella e Blake
Palavras que resumem: intensidade, insegurança, amor, redenção, entrega, pecaminoso, negação...

Sinopse: Quando Isabella Leal foi trabalhar em uma empresa de processamento de dados como estagiária, não imaginou que, ao ser efetivada, passaria por uma situação tão inusitada... E deliciosa!
Ela se deparou com um vício: Blake Miller. Além de ser lindo e ardente, o jovem CEO da empresa era irritantemente arrogante.
Após um encontro arrebatador, Isabella percebe que se tornou um erro.
Mas ela não vai deixar isso barato! Blake vai descobrir o que uma mulher determinada e com o sabor do pecado é capaz de fazer.

Impressão do Leitor

"Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure" (Vinícius de Moraes)
“Um amor pecaminoso”...

Só posso começar a escrever daqui a pouco.... Estou recuperando fôlego depois de tanta intensidade, adrenalina, mistério e de um amor pecaminoso e arrebatador.
Passei esse livro na frente de outros na minha lista de leitura (isso, tenho uma lista organizada e meticulosamente digitada como meta para esse ano); enfim, meio que por instinto decidi iniciar meu mês de fevereiro com esse título, curiosidade me resumia neste momento, até por já ter lido outros livros da Gisele, como a série Inspiração (minha paixão).
Deparei-me logo de cara com duas personagens bem complexas e intensas (do jeito que eu gosto). Personagens com tanta bagagem, que foi me consumindo ao longo do livro, que quando me dei conta, eu era o Blake, era a Isabella, era o Alan, era Ariana, até o lindo Miguel. Transformei-me até nas coisas inanimadas do romance, como um simples estacionamento, de tanto que me envolvi na leitura.
Blake é, a um primeiro olhar, um homem com uma arrogância construída a partir de contingências tão aversivas ao longo da vida, seja no âmbito familiar, seja no relacionamento amoroso. Teve que lidar com perdas muito dolorosas, mas nada comparado com o que vamos descobrindo durante o desenrolar do livro, de forma tão surpreendentemente construída. Ele é arrebatador, dono de uma personalidade forte, de um jeito imponente, até mesmo ameaçador. Na minha opinião, foi uma personalidade forte, de um jeito imponente, atdolorosas ao longo de sua vida, mas nada comparado com uma forma encontrada para proteger-se de novos sofrimentos. Ele negava a possibilidade de viver sentimentos de amor, cumplicidade e entrega, como um mecanismo de defesa, de forma a blindar a possibilidade de novas decepções. Mas ele não contava encontrar uma adversária e uma personalidade tão semelhante a sua, como sua Provocadora, Isabella.
Isabella, dona de uma personalidade tão parecida com seu “Carrasco”, tanto na arrogância, como na forma sarcástica de lidar com situações na sua vida. Impõe-se uma liberdade nas suas relações, que, de forma semelhante ao Blake, era uma forma velada de esconder um sofrimento do seu passado, que construiu parte do que ela mostrava ser. Uma mulher aparentemente bem resolvida com suas escolhas, especialmente nos relacionamentos superficiais e puramente carnais com o sexo oposto, até encontrar Blake.
Ao longo do livro percebemos a luta interna das personagens, que provocava grandes embates entre eles, o que apimentava ainda mais essa relação, abrindo espaço para um sentimento silencioso os arrebatar, rompendo as barreiras mais profundas dos seus corações, trazendo consequências marcantes para cada um.
Vemos claramente que uma atração explosiva pode transformar-se em um sentimento tão arrebatador, que nos tira o fôlego e nos faz desejar uma história semelhante. Percebemos claramente como as personagens vão removendo as amarras de seus corações (mesmo que elas não se dêem conta, ou simplesmente neguem), permitindo que as mágoas do passado se dissolvam e se permitam viver intensamente um sentimento tão bonito.
Além desse casal que tira nosso fôlego, ainda conhecemos uma espécie de conto dentro da história, que é narrado paralelamente e nos encanta de forma arrebatadora. O que é a história do Alan e Ariana, que me deixou com lágrimas nos olhos? Simplesmente perfeita.
A narrativa da Gisele para este livro é cheia de nuances, é tão bem demarcada cada fase das personagens que não tem como não nos encantarmos. Ela mistura o amor carnal (tão intensamente descrito), o amor romântico, o amor inocente, simplesmente o amor; um amor construído em um universo de negação até a mais pura aceitação e deleite. Tudo envolto em uma atmosfera de humor, romance e mistério, cada ingrediente usado na medida certa.

“Você é um presente que devo abri aos poucos e me deliciar a cada nova descoberta” – Blake


“Estou preso a você mesmo, provocadora. Mostre-me o quanto gostou de ter a chave da minha prisão” - Blake

Lançamento Rachel Gibson


Mais um lançamento, provavelmente para meados de fevereiro, tanto livro físico, como digital. Ansiedade me definir. Amo essa autora!